outubro 29, 2004

Cuidado com o passado senhor

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A minha cabeça chegou a um ponto que é difícil escutar as reclamações. Nunca é ideal, nunca é bom, se é bom ouço o silêncio, se é ruim escuto reclamações. Os meus erros são fatais e os seus são o que? Banais?

Se o seu passado o condena, não me condene com ele, a minha vida não é a sua e por isso a justiça não seria utiliza-lo à minha.

Penso foda-se, falo só!

Meu silêncio é meu e de mais ninguém, o seu discurso é bonito porém egocentrico. Vivo em conjunto mas não vivo para você. Não sei o que lhe devo, mas sei o que você deve e garanto que não é pouco. Não quero lhe condenar pelos seus erros, mas se continuar a me julgar pelos meus tropeços te julgarei pelas suas quedas, e em nome de quem diversas vezes lhe salvou, que por sinal é o VERDADEIRO sangue do meu sangue.

JUSTO? O que é justiça para você?

Julgamentos baseam-se em fatos, todos eles, logo não fale em justiça para não ter que mexer nos fatos que irão lhe condenar, pois de tanto ouvi-lo falar estou a segundos de lhe condenar culpado sobre os atos que tenta me condenar.

A fraqueza de um homem não deveria ser utilizada para condenações, mas se tudo continuar um dia ouvirá o meu testemunho sobre o seu julgamento.

Esse desafio é grande, mas o maior deles é não utilizar essas cartas na manga, já que as coisas me parecem tão obvias.

Saiba descontar, mas também creditar.

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outubro 25, 2004

The wipe out!

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Ontem (24/10 - 2004) eu fui a praia com mais três turistas irlandeses para surfar, um deles estava numa ressaca animal e me emprestou a sua prancha, um long board (pranchão). Estava na praia do Beliche, fica entre a fortaleza de Sagres e o Cabo São Vicente e estava rolando boas ondas.

Peguei boas ondas, mesmo com aquele super pranchão, que precisa de muito braço para surfar e enfrentar ondas. Mas teve um momento que eu não me esqueço, foi a pior vaca que levei no dia.

Eu estava sentado esperando ondas quando vejo uma crescer lá dentro do mar, um pouco mais longe de onde eu estava, não fiz muito esforço para remar na sua direção e escapar dela, foi quando eu percebi o quanto ela era grande, virei de costas para ela e segurei a prancha, ela ainda não tinha quebrado e deixou para acontecer isso justamente quando estava prestes por passar por mim... ...a onda me puxou com toda sua força e eu agarrei no pranchão de maneira a não soltar, fechei os olhos e me senti como se estivesse dentro de uma máquina de lavar roupas, pulava, puxava, balançava, aquele barulho da onda arrastando... quando abro os olhos eu já estava na beira do mar.

Foi uma experiência muito interessante, por poucos segundos eu passei por uma situação mais emocionante que uma montanha russa, foi muito legal! Uma vaca das boas... só quem já levou sabe do que se trata, ainda mais de olhos fechados...

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outubro 20, 2004

Rosa dos tempos

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Uma rosa dos ventos está abaixo de mim e de cada direção há uma linha, linhas do tempo.

Da linha do tempo é impossível obter um resultado garantido, pois nela tudo é incerto, o que podemos é planejar o que pode vim a acontecer ao decorrer dessa linha.

Mesmo ao analisar as diversas direções, me encontro em dúvida e me pergunto:

Deveria me preocupar tanto assim em qual direção tomar?

Se eu viver independente de tempo eu estaria melhor?

Meu blog é uma merda... só tem interrogações :/

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outubro 19, 2004

Feeling

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Já a algum tempo venho sentindo que o meu feeling não funciona com trabalho! Eu tiro fotografias e todos me dizem que são boas, eu escrevo e as pessoas me dizem que é ótimo. Com o mesmo feeling eu trabalho e para aqueles com que trabalho, esse feeling nunca está bom, daqui pra frente vai ter me dar muitos argumentos antes de humilhar meu trabalho.

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outubro 18, 2004

O portal...

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O portal sempre esteve aberto e hoje o vejo fechar. Cada minuto que se passa vejo ele se fechar.

Saí de Belo Horizonte no dia 19 de julho e com passagem paga para voltar no dia 19 de outubro, amanhã.

As coisas que acontecem a minha volta por um lado me motivam a continuar e por outro me deprimem para voltar. Mas apenas um fato me mantém convicto no que estou fazendo, a CORAGEM!

Antes de sair de casa com destino a Portugal, eu estabeleci que essa viagem seria um desafio para mim, testar até onde consigo ir, o que eu conseguirei aprender, o que tudo isso irá agregar ao meu conhecimento. Seria muito fraco desistir tão facilmente e voltar pra casa, acho que ainda tenho muito o que viver por aqui, por enquanto ainda não tenho muito a perder, apenas a ganhar.

Por isso, creio que devo ficar, devo experimentar as oportunidades e experiências que me acontecem aqui. Mas ao pensar isso eu novamente olho para o portal.

O portal ainda está aberto, mas a partir do momento que eu decidir ficar e o dia 19 se passar, o portal se fechará e desse momento em diante terei que procurar maneiras de reabrir o portal.

Mas são fatos como esse que compõem a vida, e apesar dos pesares, do medo, do desespero, do rancor e situação de terceiros, não deixarei abater-se sobre a minha, pois mesmo com o tempo do portal esgotado, terei ainda muito tempo para escrever o livro da minha vida.

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outubro 15, 2004

Sonora

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Acredito que muitos devem conhecer a Sweet Jane. A Sweet Jane foi umas das minhas primeira aquisições importantes. Foi com ela que criei, junto com meu amigo Manuel Byla, a Banda Gertrudes, umas das melhores decisões de minha vida e foi nas três últimas semanas antes de minha viagem ao mundo europeu que eu me dei conta disso. Sessôes, show, músicas novas, foi um intensivo que tive que largar da noite para o dia.

Já a praticamente três meses que venho sofrendo com a falta da Sweet Jane e da Banda Gertrudes, ouço músicas, criações, versões e sinto um aperto no coração por não ter algo que possa criar ou reproduzir música, fora meus lábios cansados de assoviar.

Uma certa noite estou voltando para casa quando já próximo vejo da luz três sílabas SÓ LI DÓ e ao lado "intrumentos musicais", a menos de dois quarteirôes de onde moro, dormi pensando na possibilidade de encontrar uma nova companheira por lá.

Quando o tempo me libertou fui conferir o que lá tinha a me oferecer e foi onde conheci a Gê Tsun Lang, um violão chinês de 60 Euros, mas era muito vagabunda, suas cordas não conseguiam permanecerem afinadas e seu som era muito fraco, então o vendedor me trouxe a Sonora, uma chinesa toda em madeira, linda, com um som forte e cordas afinadas, nem se quer toquei um Ré, paguei e levei-a para casa.

Sentei no sofá, peguei a minha palheta (que já estava aposentada a tempos), formei o ré no braço dela e toquei... joguei o sol... ré... sol... sim, a música que abriu nosso relacionamento foi "tipo para nóia" da banda Gertrudes e nos próximos trinta minutos fiz uma medley com "Osama rasta", "Viagem psicodélica", "Base decente", "Eu vi o sol", "na cocheira" e para terminar criei um som novo e simples.

O que senti foi muito bom, poder gerar música pelos meus dedos, minhas mãos e principalmente da minha mente.... Sonora é a nova amiga da Sweet Jane, e ainda temos muito o que conversar, o próximo passo será uma bolsa para ela, para que ela possa conhecer depois a minha falésia. :)

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outubro 07, 2004

Sangue...

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Um dia ele para, mas nunca para de pingar... o sangue nos meus olhos vêm da tristeza do bombardeio de energias negativas, da desmotivação e principalmente ingratidão. O sangue começa a escorrer decorrente de fatos que se reúnem em um campo de força sugadora de energia.

A muito não me batem com música, apenas com uma verdade rancorosa, com fatos passados que remanecem remoendo o coração, o fato de algo estar bem a mim é motivo para me ensanguentar.

Isso é resultado da busca do correto, quando o sangue realmente tomar conta começarei a jogar futebol de baldes e espalharei o sangue para todos os lados, deixando escorrer da sua testa e não mais dos meus olhos.

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Always Tuff

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Eu só gostaria de saber se o pai
que ele disse que era, é o mesmo
que é a mim, pois se for, sua
promessa está falha.

Se em mim ele quer aproveitar
dele irei também. Perder ainda
não tenho nada, ao contrário dele
que tudo está espalhado na mesa.

Eu o ajudo a arrumar a mesa e sou
considerado inútil, de pouca atividade,
concluo assim que posso ser dispensável,
deixe que ele tenha alguém inconfiável
para reclamar da bagunça da mesa, afinal,
não é só a música que me chama!

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outubro 01, 2004

Assim fica difícil...

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Assim fica difícil... vc trabalha pouco
quando vem trabalhar fora do horário de
trabalho e também no dia da sua folga. É
por isso que recebe um salário menor do
que os outros funcionário que não se
esforçam!

Viu!? É o que dá ser prestativo... toma
distraído!

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