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E assim anda a realidade...
Depois de muitos anos o rico amigo reencontra um velho conhecido. Descobre que ele vive dia após dia decidindo seu tempo, criando sua arte, sendo dono de seu próprio destino.
Uma vida tão original que causa inveja no rico amigo que vive vendido, vendendo suas horas para seres corporativos sem alma ou coração, que em troca o enriquece, permitindo-lhe adquirir imóveis, automóveis e móveis para um espaço que serve para dormir a noite e ver tv aos fins de semana.
O velho conhecido não possui imóvel, automóvel ou um móvel, apenas um grande amor e suas criações imortalizadas por uma mente original, única e sem pactos corporativos. Ele não é rico, não há corporações aliadas que lhe dê dinheiro, tudo que ele tem vem de um esforço desigual para ser original, que quase sempre sem valor capital.
Então o rico amigo pergunta ao velho conhecido como ele pretende seguir a vida com seu grande amor sem ter uma riqueza estabelecida, sem móvel, imóvel ou automóvel.
E o velho conhecido sorri e responde:
- Com amor!
O rico amigo solta uma divertida gargalhada e concorda ao perceber que há muito amor no coração do seu velho conhecido. Os dois apertam as mãos e vão embora, o rico amigo sonhando em encontrar um amor verdadeiro e o velho conhecido feliz por ter um verdadeiro amor.
No dia seguinte o velho conhecido se encontra com seu grande amor, lhe oferece todo o seu carinho, a sua maior riqueza e é indagado:
- Como pretende seguir a vida comigo sem ter uma riqueza capital?
Sem pensar duas vezes e cheio de alegria ele responde:
- Com amor!
O seu grande amor sorri, passa a mão na cabeça dele e diz:
- Mas amor não paga as contas. Você não acha que deve deixar de lado a incerteza de sua originalidade, da sua arte e aceitar um pacto corporativo? Como espera ter filhos, um móvel, imóvel e automóvel?
O velho conhecido abaixa a cabeça e chora, pois reconhece que não há espaço para ser ele, um ser único, dono de seu tempo e sem valor capital. Para se ter uma vida de amor na realidade atual, ele precisa aceitar o pacto corporativo e receber o capital.
Sua mente se vende à corporação, é preciso riqueza além do amor para ser uma família, é necessário ser máquina produtiva que vive para imortalizar os seres corporativos, que enriquecem com gerações de seres humanos que vêm e vão, sem serem únicos ou originais, apenas produtivos.
Ao dormir sua mente imprime a conclusão real. Amor é bom, mas capital é fundamental!
...e assim o velho conhecido inveja o rico amigo.
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