maio 03, 2010

Mente inquieta. Atenta ao desatento

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Para mim é difícil.

Outro dia minha mulher chega em casa já me descrevendo sintomas e me chamando de doente, disse que eu tinha Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) por que eu não dava a mínima para as coisas da vida, apenas para o que eu queria, a aquilo que eu me dedico.

São sintomas que descrevem uma pessoa dedicada aos seus desenvolvimentos e altamente desprendida do comum, da aceitação do ambiente que insiste em ter os seres humanos como mão de obra. O que se descreve são doentes que não ligam para o social, tendências de desvio e falta de atenção em assuntos que não o convencem de ser realmente produtivos ou interessantes para sua vida.

Para mim é difícil.

Eu realmente não tenho a mínima paciência com a aceitação de uma vida produtiva para empresas, corporações e principalmente governos. Eu vivo para o desenvolvimento de uma vida humana e não para o enriquecimento de uma rede de negociatas, não sou mão de obra, sou criador, inventor, sou devaneio de uma mente em funcionamento.

Para mim é inaceitável o ser humano que vive e produz em troca apenas do dinheiro, viver para pagar as contas, não ter julgamento para constatar se o que faz é viável e evolutivo à humanidade, se o resultado de seus esforços realmente visam evoluir ou apenas consumir a energia e a vida de pessoas.

Acredite, é muito fácil para todos dedicar suas atenções a objetivos fúteis e aceitar que é normal ser uma mão de obra que gera lixo, que gera ilusões, enganações, picaretagem e formas de enriquecimento para estar no topo da pirâmide de uma sociedade desigual.

Para mim é muito fácil não prestar a atenção e me desligar dessas babozeiras, aceitar ser um ser com distúrbio de déficit de atenção.

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