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Michael Jackson estava com problemas para vender discos, pagar dívidas, arrecadar dinheiro com shows e as notícias na mídia andavam escassas, as que apareciam geralmente falava de seus problemas pessoais, financeiros e físicos. Muitos dos seus fans passaram a vender seus discos, quando não empoeiravam nas prateleiras e ainda era zoado constantemente.
Em sua casa o cara morre de desgosto... em poucos minutos as lojas se entopem, a mídia inunda todos os seus tentáculos com notícias sobre a morte do cara, capas de jornais e revistas, sistemas travam de tantas mensagens sobre o assunto, seus vídeos ganham milhões de acessos e ele volta a ser considerado o rei do pop com milhões de dólares de lucro em pouco menos de 48 horas.
É lamentável ver isso acontecer, perceber que o mundo valoriza os mortos mais do que os vivos, e não precisa ser muito tempo após a morte. Na quarta ele era uma aberração e na sexta o rei. Você sabe o que é isso? É o capitalismo muchacho! Martirizar o morto gera renda para diversas indústrias que se alimentam da mídia.
Para mim o cara sempre foi um músico foda, não é meu rei, mas sempre respeitei seu trabalho e até curti algumas de suas músicas, mas não é porque ele morreu que eu vou comprar seus discos e baixar suas músicas na internet, mas o que tem de gente ouvindo suas músicas, assistindo seus vídeos e dando ibope aos noticiários e documentário sobre sua vida deixa qualquer empreendedor da mídia sorrindo de felicidade.
Descanse em paz Michael e puxe o pé dessa galera que merece levar um pedala!
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